terça-feira, 17 de junho de 2014

Um homem burro morreu


Em julho sai meu livro novo de contos, Um homem burro morreu.
São 27 contos (mais um "posfácio"), alguns inéditos, outros já publicados em veículos como a Folha de S. Paulo, Jornal Rascunho, Jornal Cândido e Cronópios, além de textos já traduzidos, como "O juiz que queria ser artista plástico", para o alemão, e "Uma xícara de chá", para o inglês, espanhol, alemão, basco e catalão. O livro teve a orelha escrita por Raphael Montes (autor de "Dias Perfeitos").



 Da contracapa:


“Os contos que você tem em mãos vão tirar um sorriso do seu rosto já na segunda linha, no mais tardar até a quinta você já se entregou ao estranho riso para saber onde Rafael Sperling vai com tanta ironia furiosa. Rafael é um contista sinuoso, que te oferece um chapéu, mas é mentira, é uma flauta, mas flauta também não é, não há revelações, apenas charadas. O leitor vai sendo lançado, ri e grita, ralando os joelhos na dura crítica ao mundo contemporâneo. Texto vigoroso e doente como tudo o que esse gênero já nos deu de melhor.”
(Andrea Del Fuego)

"O que escreve Rafael Sperling é uma fiel tradução refinada do turbilhão de informações e referências no qual estamos afogados, despregando-se radicalmente das margens do realismo, talvez nem mais reconhecendo-o. Rigor formal, coragem para descer ao baixo, inquietação e uma aposta no poder da literatura são marcas de uma carreira ainda tão jovem. Que bom. Não se constroi nada sem quebrar."
(Moacyr Góes)

“Sperling aprecia as coisas extremas e elementares: violência, sexualidade, exageros, a loucura cotidiana que ele exacerba com certo prazer pela provocação. Considerá-lo por isso o brincalhão malcriado da literatura brasileira é algo que se pode fazer devido à sua ainda jovem idade.”
(Michael Kegler, no Faust-Kultur [Alemanha])

Aqui [na revista] alguns mestres da língua fazem malabarismos de palavras, já visando - tal como Rafael Sperling em sua magnificamente bizarra estória do "Juiz que queria ser artista plástico" -, mais um espetáculo: a próxima copa mundial de futebol que em 2014 terá lugar no Brasil.”
(Jornal Kleine Zeitung [Áustria], sobre o conto “O juiz que queria ser artista plástico”, selecionado para a revista austríaca Lichtungen)

“Rafael Sperling (…) inventa a própria linguagem para explicar aquilo que só pode ser explicado por uma linguagem pessoal, única, do Rafael Sperling. Para mim, faz o maior sentido.”
(André Sant’Anna)

"Festa na Usina Nuclear é um livro ousado, uma visão feroz da experiência de se estar vivo."
(João Gilberto Noll)

"Rafael Sperling escreve sem medo de errar, na verdade, escreve sem medo algum, escreve com boas doses de criatividade e humor, penso que esse jovem escritor carioca tem o essencial inclassificável que, na tão falada trajetória do escritor, diferencia os que de fato (e para isso basta uma grande obra) podem um dia responder com ótimas histórias dos que falam em literatura apenas para se aventurar."
(
Paulo Scott)



Da orelha:

"O escritor Rafael Sperling é sem noção, digo desde logo. Para você ter ideia, este “Um homem burro morreu” é seu segundo livro de contos. Isso mesmo, um livro de contos contemporâneo e brasileiro – onde já se viu? Todo mundo sabe que conto não vende, que quase ninguém lê conto nesse país e que são poucos os prêmios para contistas... Ainda assim, Sperling dá uma de criança travessa e vem com este livro. É mole? Não espere o realismo social, a autoficção e a exploração dos universos íntimos que predominam nas publicações atuais: além de sem noção, Sperling é abusado. Investe no experimentalismo e dialoga com as vanguardas dos anos 20 e 30. Em 27 narrativas breves, mistura sarcasmo com elementos grotescos e nonsense, embalados por uma linguagem coloquial que remete ao cinema, ao roteiro de TV, à publicidade, à dramaturgia, à musica e à poesia. Esse hibridismo de formas, por sinal, é marca de Sperling: o incauto leitor é conduzido por seu reino literário subterrâneo, onde há espaço de sobra para a ultra-violência, a sexualidade agressiva, o absurdo cotidiano e a aniquilação. Seja através de Caetano Veloso se preparando para atravessar uma rua do Leblon ou de histórias nada sutis contadas por uma babá, Rafael Sperling parte do normal, do ordinário para chegar ao seu bizarro universo simbólico, onde as ações despropositadas e aparentemente vazias de seus personagens ganham contornos de crítica social. A violência quase sempre está presente, provocando o leitor mais recatado. Rafael Sperling é um autor sem noção, abusado e provocativo. Por isso tudo, nesses tempos de mesmice, um autor necessário."
(Raphael Montes)

Rafael Sperling nasceu em 1985 no Rio de Janeiro. Estudou Composição, na UFRJ. Compositor e produtor musical, em 2011 lançou seu primeiro livro (Festa na usina nuclear, contos, Ed. Oito e meio). Suas histórias foram publicadas em jornais, sites e revistas, como a Folha de S. Paulo, Revista Machado de Assis, Jornal Rascunho, Cândido, Lichtungen (Áustria), Faust-Kultur (Alemanha), 2384 (Espanha) e Rattapallax Magazine (EUA), tendo sido traduzidas para o inglês, espanhol, francês, alemão, basco e catalão.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Início de 2014

Mais uma atualização, dessa vez até o início de abril de 2014!



Mini resenha do Festa na usina nuclear no Correio Braziliense, em janeiro 2014, no caderno Divirta-se Mais.


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Participei dessa matéria sobre jovens autores e sua narrativas breves, hoje no Jornal A Gazeta (Globo), de Vitória.
Link:
http://gazetaonline.globo.com/novo/_conteudo/2014/03/entretenimento/cultura_e_famosos/1481089-narrativas-breves-sao-novas-armas-usadas-por-jovens-talentos-da-literatura.html 


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Matéria no Posfácio, também sobre jovens autores e suas narrativas breves.
http://www.posfacio.com.br/2014/01/21/novos-escritores-e-suas-narrativas-breves/



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Em fevereiro, participei do Paginário, do Leonardo Villa-Forte.
Link (facebook):
https://www.facebook.com/paginariovillaforte?fref=photo


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Contos:

-Conto na revista Flaubert, "A encenação das laranjas".
http://issuu.com/revistaflaubert/docs/flaubert002
https://www.facebook.com/revistaflaubert

-Conto no Balaio de Notícias (Eu queria comprar pão)


Traduções:

-Tradução do "Certo dia, em algum lugar" para o francês, pela Emilie Audigier, na revista 'Le Lampadaire'
http://le-lampadaire.fr/15-4

-Tradução de "Amores e um século no" para o espanhol no 'Cuentos Brasileños de la Actualidad'
https://sites.google.com/site/cuentosbrasil/brazilian-stories/amores-y-un-siglo

sexta-feira, 11 de abril de 2014

2013, segundo semestre.

Adiei, adiei e acabei não postando mais nada.
Reuni aqui algumas das coisas mais relevantes que aconteceram no segundo semestre de 2013.

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Textos publicados
-Conto no Cândido

-Conto na Antologia Se7e : Anões

-Conto na Lado7 n.5
 
-Conto na Acrobata n.2
https://www.facebook.com/revistacrobata


-Conto no Outras palavras

-Poemas no Mallarmargens


Traduções
-Conto "Amores e um século", em inglês, na antologia "Contemporary Brazilian Short Stories (CBSS) Vol.2"
http://ewordnews.com/literary-news/2014/1/14/book-release-contemporary-brazilian-short-stories-vol-2

-Conto "Uma xícara de chá" traduzido para o basco e para o catalão, na revista espanhola 2384. Este mesmo conto já havia saído em espanhol em um número anterior da revista, o no.4.
Dá pra ver no issuu ou em pdf.

-Matéria escrita por Michael Kegler para o site de cultura alemão Faust-Kultur. Além de um texto sobre mim, tem a tradução do "Uma xícara de chá" e um trecho do "Ovelhas Amargas".
http://faustkultur.de/1340-0-Brasilien-Rafael-Sperling.html#.Uh9PIbxExEs

(Aí vai, em letras minúsculas [pra não ocupar muito espaço no post], a tradução da matéria, feita por Gabriel Dirma Leitão)
Na feira do livro deste ano o Brasil será o país convidado de honra. A Faust-Kultur aproveita a ocasião para apresentar autores que escrevem em língua portuguesa. Michael Kegler acompanha essa tônica na literatura lusófona e apresenta autores em perfis introdutórios, conversas e trechos de seus livros.

Rafael Sperling está entre os mais jovens autores dessa série. Ele encontrou para além da música o caminho para a escrita. O autor, nascido no Rio de Janeiro em 1985, estudou Composição na Universidade Federal do Rio de Janeiro e trabalhou como compositor e produtor musical. Michael Kegler descreve-o em seu perfil como o "brincalhão malcriado da literatura brasileira".

SÉRIE: LITERATURA LUSÓFONA V

Rafael Sperling – Momentânea indeterminabilidade 

A nova literatura brasileira é jovem, extraordinária, por vezes berrante, e não segue tendências definidas, mas em grande parte projetos individuais. Um autor ao qual essas características correspondem particularmente bem é Rafael Sperling (1985), músico e produtor, que lançou em 2011 seu primeiro volume de contos, "Festa na Usina Nuclear", e tem sido visto por muitos críticos como expressão literária de uma "momentânea indeterminabilidade" da literatura brasileira.
"Surrealismo", diagnosticam uns; outros creem reconhecer uma clara influência dos primeiros pós-modernos norte-americanos. Sperling responde que tem lido um bocado, principalmente desde que escreveu esse livro, mas que na verdade ainda não conheceu muitas de suas supostas influências literárias. Ao menos ele há de ter lido André Sant’Anna, o decano dos atuais jovens bárbaros do Brasil, que escreveu também a orelha para seu livro. Além disso ele vem publicando regularmente contos e microcontos em diversas mídias brasileiras e eventualmente também no exterior. Em alemão apareceu, na última primavera, na revista austríaca Lichtungen, o grotesco "O juiz que queria ser artista plástico", no qual um meteorito destrói o mundo enquanto um juiz de futebol que gostaria de ter sido artista reflete sobre sua vida malsucedida, e tudo o que resta da humanidade após o impacto é a malograda escultura de um atleta que o artista fracassado pretendia finalizar em algum momento. Em outra história, Jesus Cristo dá uma surra em Hitler para castigá-lo, mas acaba encontrando mais e mais prazer com a violência, terminando por tornar-se ele mesmo a própria besta. Sperling aprecia as coisas extremas e elementares: violência, sexualidade, exageros, a loucura cotidiana que ele exacerba com certo prazer pela provocação. Considerá-lo por isso o brincalhão malcriado da literatura brasileira é algo que se pode fazer devido à sua ainda jovem idade.



Entrevistas
-Entrevista para a rádio MEC com o colega Gabriel Pardal.

-Fiz uma pequena participação (entre 04:29 e 05:37) nessa edição do Globo News Literatura. No programa, Flávia Iriarte fala sobre a Oito e meio, e há também um depoimento do Marcelo Mirisola.
globotv.globo.com/globonews/globonews-literatura/t/todos-os-videos/v/veja-historia-de-duas-pequenas-editoras/2854020/ 

-Entrevista publicado no blog do Ciro Pessoa. Um pequeno trecho saiu na matéria da Folha sobre jovens autores surrealistas.
http://bloguedopessoa.tumblr.com/post/49864456155/festa-na-usina-nuclear-entrevista-com-rafael-sperling


Música
-Estreou em 2013 “Bonitinha, mas Ordinária”, baseado na obra de Nelson Rodrigues, com direção de Moacyr Góes. Fiz a trilha sonora do filme com Ary Sperling e Leonardo Sperling (e participação de Rogerio Meanda). O elenco contou com Leandra Leal, Letícia Colin e João Miguel, que ganhou o prêmio de melhor ator no festival Cine PE.
http://globofilmes.globo.com/noticia-661-filme-com-leandra-leal-e-joao-miguel-estreia-em-maio.htm 
http://www.youtube.com/watch?v=sifEgNekxAA 

-Coloquei mais algumas músicas no meu soundcloud. A primeira foi feita à partir da trilha de um curta para o qual fiz músicas. A segunda é uma música feita por alguém com problemas mentais (eu).
https://soundcloud.com/rafaelsperling/suite-ao-meu-redor
https://soundcloud.com/rafaelsperling/can-o-de-amor-love-song


???
-Atuei nesse teaser/curta do Cláudio Cabral, feito para divulgar o lançamento de seu livro. Ficou bizarro, mas enfim. Essa era a ideia.
http://www.youtube.com/watch?v=ZPFZ-a75DDM