domingo, 27 de junho de 2010

A Poesia da Música

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Não, essa semana não tem conto bizarro, nem poesia nojenta (ok, nem poesia mela-cueca).

Me dei conta do absurdo de ter um blog de textos, mas não possuir uma página na internet com músicas minhas. Então resolvi criar uma conta no MySpace. Pra quem não sabe, sou músico. Trabalho com música, vivo de música (é, ainda não apareceu uma grande editora me oferecendo rios de dinheiro, me catapultando para o sucesso publicando meus textos, e me transformando num escritor multi-milionário). Aliás, não só eu sou músico aqui, mas meu pai, meu irmão e meu tio são músicos também.

Portanto, gostaria de convidá-los a ouvir algumas músicas minhas. A maior parte das músicas que coloquei são de trilhas nas quais trabalhei; outras fiz por fazer, ou para a faculdade. Se puderem, ouçam e deixem aqui suas impressões...

http://www.myspace.com/rafaelsperling


(pra quem quiser ler algo meu essa semana, entre no meu twitter http://twitter.com/RafaelSperling ou no Desce Mais Um - e pra quem não leu, leia o post anterior, inspirado na Copa)





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Vejam no Desce Mais Um:
http://descemaisum.blogspot.com/2010/06/para-ser-nascimento.html
"Para ser Nascimento"
Um poema inspirado no Clube da Esquina.

domingo, 20 de junho de 2010

Hoje é dia de comer biscoito

e cantar uma bela canção viking.

domingo, 13 de junho de 2010

Literatura Twitterística

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Como o Frabrício Carpinejar lançou um livro só de textos que ele postou no Twitter, resolvi fazer uma seleção das minhas twittadas preferidas e postar aqui para os senhores. São mini-poemas, microcontos, pensamentos, coisas sem sentido, drama, tristeza, alegria,
gente morrendo, etc... Selecionei 50 textos, acabei tirando algumas coisas que gostava, se não ficaria um post grande demais (bom, acabou ficando meio grande). Pra quem ainda não sabia que tenho twitter: http://twitter.com/RafaelSperling


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Esse é um momento muito especial, descartavelmente momentâneo, transitoriamente efêmero, rapidamente sublimático, ínfimo. Pronto, passou.



"Na minha cama está a gasolina de ontem. E a árvore esmaga a moça relativa. Quando ameixas choram, imagino sonhos de outros Novembros."


Cidades separadas, a ponte sobre as águas, os olhos daquela moça. Noutro dia ainda falo, desses sonhos de revolta, já não somos tão distantes.


Aparando a penugem do meu canhão sub-atômico, antes da sair de casa e assassinar pequenos animais, e esmagar pedras portuguesas com as mãos.


Depois de levantar voo, viu que o céu e a terra foram se afastando, um do outro, até se perderem de vista, sumindo no "horizonte".


Então caímos todos pelados em cima do grande abacate das trevas, e ele disse: "Sabe, no dia em que eu virar uma manga, teremos a paz-verde."


Foi aí que tudo ficou assim, parecendo um mamão estourado, não deu pra entender mais nada. Tentaram me convencer de comprar um ralo amarelo.


Hoje o calor esquentou os meus miolos e fez sair uma espuma verde e roxa pelas minhas orelhas. Foi uma sensação peculiar e de muito prazer.


Depois de comer a parte esquerda do cérebro da menina, parei e pensei. Olhei para o céu. Estava bonito. Então, comi o lado direito.


"AAAAHHHH, não!!!!! OOOOOHHHHHIIIIIIIAAAAAEEEEIIIIIUUUU!!!! PIAPIAPAIPAI (PEU) IuiauiuaiuaiuJegue", foi o que ele disse antes de cair morto.


E no meio do silêncio dos olhares, os dois tiveram um breve momento de comunicação. Pena que foi mal interpretada. -Tenho que ir. Até um dia.


Meu dedo anelar está dizendo como ele aprecia trufas de chocolate. E... o que? Há, e ele diz está ficando com fome. E isso o deixa violento.

A garganta está afônica, não há como negar. Foi de ficar gritando enquanto corria nu pela cidade, tentando copular com as mulheres indefesas


O exército de robôs está se aproximando. Estão apontando suas armas para cá. Poderia correr mas seria em vão. Estão disparando na minha dire


Não, por favor, não arranque a minha cabeçaaaaaaa;..dsfsjf......Olá, aqui é a pessoa que arrancou a cabeça do Rafael. Não tinha nada dentro.


É isso mas não é aquilo que é, é apenas o que não é, de forma que nunca poderia ser outra coisa sem ser o que não é, e não o que é.


"Passei a noite em claro tentando apagar o fogo de meu pênis. De manhã, já não restava mais do que 20% do meu órgão genital".


É, enquanto é bom, é bom. Depois, fica ruim.


Obalaláaaaaaaa, tchururubébaaaaaaaa, nanananão, la-la-la-la-raaaaaaaaaaaaa, oh yeah, pá-pá-pá-pá dumdumdumdummmmm...


A melhor lembrança que tenho é de quando ganhei uma bala como troco. E a pior foi quando um cara não tinha troco e teve que me dar uma bala.


Vou ao meu próprio encontro, num tempo e espaço incertos. Todas as minhas representações, quando se encontram, nada mais são: desaparecemos.


Foi aí que o assassino intergalático aterrisou na Terra, com seu canhão sub-atômico em mãos, e com a expressão mais aterrorizante disse: Oi!


Béri béri, ânoga ânoga, tringlê youuupa. Qê?


Tentando desvendar o que ainda não me dei conta; o que está sempre por perto, mas nunca aparente. Talvez sejam as coisas que não existem.


Jogando as bolinhas de gude sonolentas nas cabeças das crianças tontas e as bigornas fáceis do lado de lá do horizonte casto mais próximo.


As coisas são e as não-coisas não são.


O bom da comida é que a gente pode comê-la. É algo normal.


O chão caiu e se espatifou na minha cabeça, bem no meio do voo terrestre, rachando os céus e estraçalhando o ar da atmosfera.


O pedregulho tentou me esmagar, mas eu o soquei, fazendo com que explodisse e matasse todos a minha volta. Depois tomei sorvete e caminhei.


Mas é que... CUIDADO, uma gaivota! (E a gaivota comeu a cabeça do menino)


Quando tropecei, saí voando e derrubei os prédios infestados de formigas telepáticas, de forma que as cerejas das pocilgas mágicas morreram.


Tem uma pessoa esmagando minha cabeça. Ta doendo, bastenteeeiufesuyagofsd... Oi, aqui é o esmagador de cabeças, a cabeça do Rafael explodiu.


Gotejando nas traqueias renováveis, descemos o flanco acidentado e rumorejante dos temperamentos sondáveis, sonhando objetos orgânicos.


O meu corpo se partindo em pedaços microscópicos, voando para todos os pontos do universo, de forma que eu me torne onipresente.


Eu estava grudado no teto e não conseguia me mover, então o mestre de obras mandou derrubar o teto e descolou o concreto de minhas costas.


Arranquei os dedos de minhas mãos. Depois arranquei as pernas. E o resto do tronco. Botei tudo no liquidificador. E bati. Com leite.


O encontro dos corpos e o som que entorpece a mente, o ritmo marcado e a translação corporal perdida, em torno de tudo que os cerca.


Ele entrou dentro do pote de doce procurando uma industria bélica de anjos caídos, mas só encontrou um sala de conferências com japoneses.


Me devolva minha chaleira molenga, quero mordiscá-la e esfregar na soleira da porta enquanto promovo o campeonato de deglutição de pregos.


O crânio de Zé explodiu e destruiu a montanha Azul, os ossinhos partidos saíram voando e espatifaram outros crânios, até todos morrerem.


Na hora de comer o cérebro de um bebê, não se esqueça que a etiqueta exige que seja usada uma colher de sobremesa, e não de sopa.


Também é considerado um péssimo hábito quebrar os dedinhos dos bebês sendo consumidos; deve-se engoli-los inteiros.


Para abrir o crânio do recém nascido, utiliza-se um pequeno martelo, semelhante ao utilizado para o consumo de caranguejos.


Quando o trocador disse que deveria pagar, peguei uma garrafa de vidro e o acertei. Logo depois acertei a nuca do motorista. Matei a todos.


A vendedora de pipoca tentou me molestar, então lhe disse que existe algo chamado Direitos Humanos. Aí lhe empurrei para dentro dum forno.


Chuck Norris escreveu um poema sobre a Vida, então a Vida se modificou para se adequar aos conceitos de Chuck Norris.


A comida está na minha barriga, está sendo destruída impiedosamente, só para depois ser expulsa de uma forma podre e nojenta.


Os músicos da orquestra estavam todos tocando, felizes, quando as guilhotinas acima de suas cabeças desceram, fazendo o rolar das cabeças.


O coro canta; o som das vozes sai na velocidade da luz; me golpeia; sou lançado tão longe que ainda nem me ensinaram a falar.


Era uma vez várias pessoas, em vários lugares, fazendo várias coisas. Depois, essas coisas se resolveram e um dia as pessoas morreram. Fim.


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Me sigam no twitter:
http://twitter.com/RafaelSperling






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Vejam no Desce Mais Um:
http://descemaisum.blogspot.com/2010/06/as-pessoas-explodem.html

"As Pessoas Explodem"

É sobre pessoas explodindo, basicamente.

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E pra quem ainda não viu, minha entrevista pro blog Ensaios em Foco:

http://ensaiosemfoco.blogspot.com/2010/05/top-blog-em-foco-entrevista-com-rafael.html

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domingo, 6 de junho de 2010

Analfabeto

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Você tem um jeito de escrever que utiliza as palavras e encadeia as ideias, daí surge um texto que quando você lê gera um sentido geral nesse texto, como um todo, fazendo com que a gente, que é leitor, entenda a ideia que você, escritor, está querendo passar.

Mas se você for analfabeto, como escritor, o seu texto vai ficar muito complicado de entender, pois você irá utilizar palavras que não existem, e, logo, isso irá gerar expressões com sentidos que não existem também, de forma que as frases e os parágrafos irão conter ideias inexistentes até então, isso se você souber de todas as letras que existem, se não você vai acabar inventando letras, o que vai complicar ainda mais a compreensão.

E para poder apreciar esse texto, como um leitor alfabetizado, será um tanto complicado, pois as estruturas gramaticais serão todas inventadas e originais, de forma que o leitor alfabetizado irá ficar procurando um sentido e não irá encontrar. Mas caso o leitor seja analfabeto, as coisas irão fluir de forma diferente.

O leitor analfabeto não conhece as letras, as estruturas gramaticais, não sabe o que é frase, parágrafo, acento grave, agudo, etc. Ele não tem preconceitos, então qualquer coisa que aparecer no texto escrito por um analfabeto será de bom proveito para o leitor analfabeto. O leitor analfabeto irá interpretar livremente o que ele lê, dando o significado que achar melhor. E o melhor de tudo é que ele não estará errado, já que todas as estruturas, palavras e acentos do texto lido serão inéditas, poderão significar qualquer coisa.

Isudnaun934;~~d09s?





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Vejam no Desce Mais Um:

http://descemaisum.blogspot.com/2010/06/o-abacate-na-musica-ocidental.html

"O Abacate na Música Ocidental"

Um relato de paixão ao abacate, e suas utilidades acústicas.


E pra quem ainda não viu, minha entrevista pro blog Ensaios em Foco:

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