domingo, 28 de fevereiro de 2010
Representação dos Espelhos
Fico sob mim
Enquanto estou sobre a minha cabeça
Piso nos meus próprios pés
Posso me ver
Enquanto o outro eu me retorna o olhar
Pois nós somos o mesmo
Estou atrás de mim
Ao mesmo tempo que estou
Em frente à minha forma
No infinito distante
Vou ao meu próprio encontro
Num tempo e espaço incertos
Todas as minhas representações
Quando se encontram
Nada mais são
Desaparecemos
------------------------------------
Vejam no
http://descemaisum.blogspot.com/
Uma fábula kafkiana
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24 comentários:
#momentoKafikafkiano mesmo eim?
nos fechamos tanto até o ponto de nos desintegramos por completo ... tenso isto ...
bjux
;-)
Fujo de espelhos, prefiro não saber como sou
Complicado isso de 'quem sou eu'. Principalmente quando quem eu acho que sou, briga com quem os outros que sou e o que eu de fato sou..ufa. Acho que não somos, estamos.
E nem sempre é fácil enxergar-se no espelho, conhecer nossos vários "eus" e encarar o que somos de fato, não o que nos fazem acreditar...
Um beijo, moço!
;)
Sempre que venho aqui tenho uma surpresa diferente, cara tu tem um jeito todo particular de escrever e sobre várias não-obviedades. Sou teu fã!
A foto é foda tb!
Concordo com a Lais, comentário acima, não somos estamos. É difícil ser quando as coisas tanto por dentro quanto ao redor mudam com tanta frequencia.
Não se reconhecer é o pior né?Ter uma imagem distorcida do real,e não saber se estamos sendo o que esperam de nós...
Me Lembrou Rita Lee:
Eu e Mim
No espelho não é eu, sou mim.
Não conheço mim, mas sei quem é eu, sei sim.
Eu é cara-metade, mim sou inteira.
Quando mim nasceu, eu chorou, chorou.
Eu e mim se dividem numa só certeza.
Alguém dentro de mim é mais eu do que eu mesma.
Eu amo mim
Mim ama eu
abraços
Imaginando vc meio/quase/completamente chapado olhando pro espelho e filosofando (afastando, chegando perto, tentando não olhar no seu próprio olho, coisas assim)... hauahuahuahuahua
Adorei o poema... muito interessante!
Lembra um jogo que fazemos muito em aula, de espelhar o outro. xD
Beeijocas!
Nossa, que foto foda!
E, é, a gente está sempre mesmo pisando em nós e não sendo além do que a fina camada de prata nos mostra.
penso se você fez o texto ou a imagem primeiro...
10, pelo conjunto da obra. *rs* Comentário besta à parte, gostei muito, Rafael.
Essa ideia de se olhar no espelho no passado me foi muito cruel. Hoje eu acho necessário. E por vezes a crueldade, intacta, acenando pra uma figura estática.
Fez falta no último Corujão daqui, rapaz. Acho que amanhã vou ao Leblon.
Abraços,
Alex.
Pois na verdade você não existe, quem existe é a pessoa do outro lado do espelho.
Beijos, Fafa san, foi bom voltar. ^^
Uii que incrivel!
espelho às vezes é um saco
beijoo ;**
Tenta escrever como não entrar aqui e aplaudir.
Du-vi-do!
Beijão.
Sou eu mesma na foto, Rafa!
Obrigada.
=****
Caramba, Rafael, um jogo de espelhos, um sobe desce, um surto de imagens sobrepostas.
Este texto me jogou rapidinho num filme com aquele jogo de câmeras que enlouquece. Abraços
Bom dia Rafael...passei pra agradecer sua visita no sopa de Letrinhas! volte sempre!!!
Quanto aos espelhos, pra mim há dias em que são meus melhores amigos, em outros quero distância deles. mostram o que quero esconder de mim mesma...(confesso que isso normalmente é TPM)
Beijos!!!
Obg pela visita...mas digamos que quando estou triste o que me conforte é escrever..Feliz tbm é claro mas quando não temos para onde correr, é na escrita que me agarro
Beijos!
Penso que talvez ninguém consegue conhecer a si mesmo. Adorei essa linguagem meio épica do texto. Senti saudades de escrever dessa forma. adorei o blog aqui =)
adorei seu jeito de escrever, único!
E ae, blz?
carácoles! rs
Andei lendo umas coisas suas. rs
Achei surpreendentes. Li "Amores efêmeros 3", dei risada.
Vi os espelhos adornados das palavras, fiquei sentida.
E assim eu fui, pra lá e pra cá.
Vc é elástico. rs
bjones!
Me ensina a escrever? Linda poesia <3
Um momento corriqueiro torna-se um poema interessante.
beijos
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