sexta-feira, 20 de março de 2009

Grita na cara

Isso.

Grita na minha cara.
De novo.
Mais forte.

É só isso que você consegue fazer?
Minha irmã de 3 anos faz melhor do que isso.

(...)

Agora, levanta do chão, recomponha-se.
Limpa seu vômito.
Você é um nada.
Um vazio.
Você é que nem todo mundo.

Isso.

Pode espremer todos os tubos de pasta de dente.
Beber a água da privada.
Derrubar a geladeira.
Moder seus DVD's.
Arrancar os tacos do chão.
Jogar o computador pela janela.

Não adianta nada.

Agora pula do penhasco
Quando chegar lá embaixo não esquece de bater com a cabeça no chão.
Mostra que você não é um nada.
Que não é um merda.

Mas você sabe que não tem jeito.
Você é ridículo.
Inexistente.
Você é comum.

Isso.

Pode se rasgar todo.
Arrancar todos seus cabelos.
Bater a cabeça na parede.
Arrancar as unhas fora.
Furar seus ouvidos.
Chutar o próprio saco.

Você vai continuar sendo insignificante.
Sem poder.
Sem voz.
Você é tudo que não importa.

Isso.

Pode cortar os pulsos.
Grampear suas orelhas.
Martelar seus dentes.
Engolir cacos de vidro.
Incendiar seu corpo.

Você não vai conseguir mudar nada.
Vai continuar sendo exatamente como eu.

3 comentários:

Blandine disse...

Horror dos horrores. Isso foi uma das piores coisas que um ser humano poderia escrever. Por isso, não deixa de ser um mérito. Desagradável.

Blandine disse...

Vai Sperling! Grita! Grita!
"Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!"

Átila Goyaz disse...

Nossa...tanto rancor! rsrs