Eu como a carcaça podre
É uma horrível noite de chuva
Está abafado
Sinto-me péssimo
Depois desse prazer culpado
Sinto enjoo e tontura
É o que todo ogro procura
Esse mal estar
Enfio a cabeça na privada
Que delícia
Vomito tudo que carrego em mim
É uma agradavel experiência
Depois de sujar o resto do lavabo
Vou para a piscina de lama
Junto com os porcos
E os meus filhos
Passamos a noite alí
Brigando, gritando
Minha esposa se aproxima
Soca a minha cara, e eu lhe retribuo da mesma forma
É uma maneira de demostrar nosso asco mútuo
Nossa relação é péssima
O que mais um ogro poderia querer?
Talvez mais uns pontapés na cabeça
Vemos que o sol nasce
Já é hora de nos retirarmos
Com um martelo ponho meus filhos para dormir
E os arrasto para fora da lama
Depois de os arremessar barranco abaixo
Caminho para o meu desconfortável buraco
É o meu lugar preferido
Ele acaba com as minhas costas
Chuto minha esposa para um pouco mais longe
Ela me deseja uma péssima noite
E cospe na minha cara
Então eu lhe digo: Eu também te odeio, minha carcaça podre
quarta-feira, 1 de abril de 2009
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5 comentários:
Gosto das suas generalizações. Sentimentos são sentimentos: amor ou ódio, asco ou tesão... tanto faz.
Fiquei surpresa de encontrá-lo!
Vc escreve diferente de tudo o que já vi por aqui, ainda bem!
continue..
vou acompanhá-lo!
Oi, rafael!
aqui é a "outra" autora do blog "entre-versos".
Divido com a querida Marrí aquele cantinho.
Obrigada pela visita!
beijos
nos vemos por aqui!
Pronto, rafael, tá lá o gadgest de "seguidores".
sinta-se "entre - versos".
Fora a violência doméstica ficou legal. É que eu não gosto mesmo de homem batendo em mulher. Mó feio.
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